Nos tempos do casulo!

 

Tem tempos que ando com vontade de escrever!

Escrever é uma forma para tentar compreender meus sentimentos, 

uma forma de me encontrar, acertar os ponteiros.

Pensar, refletir, sentir...                                                                   

Mas sentia que não estava preparada pra essa compreensão.

Então fugia, evitava, fazia de tudo pra não pensar, 

tinha medo de compreender.

A gente vive fugindo da gente o tempo todo.

Por medo, insegurança, comparações, medo da frustração,

 medo de encontrar e se decepcionar.

 Mas se a gente não se encontra como podemos mudar? 

Ser melhor? crescer? aprender  mais sobre a a nossa essência? 

sobre nossos sentimentos? O que desejamos? E quem somos nós nesse mundão?

E o que podemos oferecer pra toda essa imensidão do planeta 

enquanto estamos aqui? E, principalmente,o que o nosso coração deseja?

Um dia vamos partir, queira a gente ou não. E tenho medo, muito medo.

Mas esse medo me faz também ter coragem,  me faz ver a vida de outro modo.

Me faz ter coragem de ser mais eu, coragem pra viver os meus sonhos.

Passei por um longo tempo escondida em um casulo, 

tinha medo de tudo, da vida principalmente.

Medos que eu não conhecia, medo de ser julgada, 

criticada, medo de não ser amada, aceita, medo dos meus defeitos, 

das minhas fragilidades, medo de errar...

Tinha medo de ser eu mesma.

E cada vez mais ia me escondendo em um grande casulo que só crescia.

Mas de repente senti falta de ser eu mesma.

Vi fotos em que meu sorriso era tão sincero

diante da vida, o mundo era o lugar que mais me fazia feliz.

Esse mundo que ficava fora de mim.

Sabia que me aceitar mesmo com todos os meus  defeitos e fraquezas 

era a fonte da minha felicidade. Era o começo para uma vida nova.

Foi em uma sexta feira qualquer que tomei a decisão de ser feliz.

Desfrutar e saborear o mundo com outros olhos.

Foi importante esse tempo de casulo.

Pintei o cabelo, nada muito normal como as pessoas gostam.

Fiz tudo diferente!

Pintei de duas cores.

Era um choque para alguns e beleza para outros.

Foi assim a forma que encontrei pra dizer pra mim mesma 

que eu me aceitava independente da opinião alheia.

Eu iria a partir daquele dia me respeitar, ser eu mesma.

E principalmente ser feliz da forma que escolhi ser. 

Parece bobagem, mas a gente precisa de um ponto de partida.

E o mundo aqui fora passou a ter outros significados pra mim.

Tenho tentando dar mais importância pras coisas que realmente me faz bem.

Venho tentando ser mais sincera e justa comigo.

Descobri que gosto de me jogar no mundo com a minha mochila 

que volta sempre cheia de histórias.

Descobri que amo colecionar boas histórias pra minha vida.

Gosto de gente, amo as crianças, gosto de aprender, 

viajar, gosto de coisas simples, gosto de coisas complexas, 

gosto do errado,gosto do certo, gosto de aventuras, amo viver!

Descobri na minha essência belezas da qual não conseguia enxergar.

Me vi tão amiga, doce, brincalhona, sorridente, com vontade de ajudar 

a construir um mundo melhor, me vi sincera com as pessoas, 

percebi o coração enorme e bondoso que tenho que as vezes nem cabe em mim.

Encontrei-me na mensagem que a minha grande amiga Bela me escreveu 

e me senti feliz de ser assim.

“te vejo idealista, sonhadora, batalhadora, que luta pelos sonhos. Te vejo doce, alegre, ultra mega hiper sensível e sensitiva. Te vejo colorida. Te vejo voando e te vejo afundada no chão. Te vejo absolutamente diurna e entusiasmada (sabe que entusiasmada significa ter Deus no coração? Pois é...). Te vejo falante e afobada. Te vejo tranquila e absurdamente amiga. Te vejo compreensiva. Te vejo amada pelas crianças. Te vejo fotógrafa e aflita. Te vejo feliz. Te vejo quase perfeccionista, mas sem paciência pra isso. Te vejo estilosa e em busca constante. Te vejo buscando a si mesma. Te vejo apaixonada pela vida. Te vejo assustada com a vida. Te vejo inconstante. Te vejo absurdamente íntegra. Extremamente carinhosa! Obrigada Bela!

E agora me sinto forte e orgulhosa da pessoa que sou, mesmo com todos os defeitos.

Apreendi a me respeitar e me aceitar. 

E descobri belezas nesses tempos de casulo!

Gostaria de agradecer a Bela pela delicadeza do texto, por sem saber me ajudar a

olhar sempre com outros olhos minhas qualidades.

A minha querida irmã Thaiz, que sempre esteve comigo.

Sempre me apoiando e ajudando de todas as forma possíveis.

Por ter me dado o melhor presente da minha vida.

A garotinha que me faz ter força pra viver e sonhar por um mundo melhor.

A Belinha, que fortalece com o sorriso mais puro e sincero.

"As irmã De Simone"

Carol, sempre atenciosa e amiga.

Com seus conselhos sempre tão otimista.

Linoca, que me acompanhou nessa caminhada.

Indo comigo nos médicos da vida.

A Baby, que ficou do meu lado o tempo todo.

Mesmo quando eu a abandona em momentos tão 

importante, como os trabalhos da faculdade.

Gostaria de ter feito as coisas de outro modo.

Eu sei que é difícil entender, mas as vezes 

eu não conseguia ter a força e coragem necessária

para isso.

A tia Katy, que nos deu a oportunidade de 
viver nosso sonho! 

E principalmente papai, sempre tão atencioso,
carinhoso. Por nunca ter me julgado e ter sido
tão amigo nesse tempos. Obrigada!

E a Deus, que me trouxe pessoas sempre especiais.

E a todos os amigos e familiares que me amam.

Tia Janete, que mesmo longe me ligava pra saber 

se eu estava bem.

Sem a força e o carinho de vocês não teria conseguido

OBRIGADA MEU POVO!!!

E como diz meu querido Rubem Alves.

" Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses"