terça-feira, 29 de maio de 2012

Para o tempo!


Lá estava eu, 1 hora sentada em um banco qualquer da Rua Rio de Janeiro com Tupis.
O moço bem vestido, jovem, de pele morena e sorriso alegre, tocava seu violino.
O som era tão bom, que eu fiquei dividida entre ler meu Budapeste,escrever ou observar.
Bom, escrever seria a melhor opção, antes da obrigação me chamar.
E está iria chegar com hora marcada, mas eu estava numa calma, que capaz de nem ver ela chegar.
E na correria do ir e vir das pessoas, eu estava ali, sentada, escrevendo, sentido o mundo ao meu redor.
Me deu uma vontade de pegar minha câmera pra eternizar o momento, mas ela não estava lá.
Fiquei pensando então, como as pessoas vão ficando insensíveis e invisíveis.
Passam correndo, voltam correndo.
E nem viram o moço bonito de pele morena.
Eu na minha timidez, queria dizer pra ele, como foi bom ouvir sua música enquanto escrevia.
Uma hora tomo coragem, espero que rápido.
Ai apareceu um velhinho e sentou ao meu lado, estava  muito empolgado e feliz com a música.
Acho que ele falou por mim com seu sorriso e nosso querido violinista entendeu!
Então eu entendi o que eu fazia ali, sentada, quando o vento tocou em minha pele.
Percebi, o quanto eu quero ir na direção contrária do tempo e da multidão, que anda sempre tão apressada.
Compreendi, então, que o meu relógio estava com os ponteiros atrasados, espero que continue pra eu poder andar sempre levemente.

Joy!


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